A
atividade mineral nos garimpos da Província Pegmatítica do Seridó ainda
segue basicamente os preceitos dos antepassados, apesar de constituir
alternativa de trabalho regional, desempenhando importante papel na fixação da
população na área durante a seca, consistindo em grande forma de
representatividade econômica na renda regional.
Segundo comunicação verbal de antigos garimpeiros da região
, durante a segunda guerra mundial houve um incremento na produção mineral ,
graças a decisão do governo americano em enviar geólogos e engenheiros com o
objetivo de pesquisar e explorar minérios na região, dentre eles,
Tântalo, Nióbio e Tungstênio, para o fabrico de equipamentos bélicos. Diante da
necessidade na obtenção de matéria prima em abundância, contaram com a larga
experiência dos garimpeiros destes municípios, recrutando-os e treinando-os no
exercício da atividade de pesquisa e exploração.
O tempo passou, novos garimpos foram descobertos, porém,
não ocorreu avanço tecnológico. O extrativismo mineral continua sendo a
principal forma de extração das riquezas do nosso solo e subsolo, empregando-se
métodos e instrumentos rústicos, com trabalho executado de forma manual, sem
planejamento logístico nas operações de extração do minério, o que dificulta a
exploração e um melhor aproveitamento do corpo mineralizado. O trabalho é
informal, extenso e cansativo, aliado às péssimas condições, os garimpeiros não
têm conhecimento sobre legislação mineral, causam grandes impactos ambientais
na área de extração, não usam equipamentos de proteção individual – EPI’s, tais
como luvas, capacetes, botas e óculos, o que proporcionariam boa prevenção
contra possíveis riscos à saúde ou segurança durante a atividade. É comum
relatos sobre contração de silicose, ocorrência de acidentes, perda da visão,
mutilação dos membros superiores e inferiores, culminando muitas vezes com a
morte dos trabalhadores, durante o exercício laboral.
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