Setor Mineral no Semiárido da Paraíba vive processo de transformação econômica


Atualmente, são explorados nas cidades que compõem o Seridó Paraibano:  albita, mica, granito, quartzo rosa, feldspato, lítio, água-marinha, nióbio, urânio, tantalita dentre outros minerais.  O Governo estima que oito mil famílias trabalhem diretamente com mineração em todo Estado. Somente a região do Seridó produz mensalmente 15 mil toneladas de caulim e 600 mil toneladas de quartzo rosa. A Paraíba hoje é considerada pelos especialistas o terceiro Estado na exploração de minério, ficando atrás apenas da Bahia e Minas Gerais.

Em um ano, mais de R$ 3 milhões foram repassados em crédito para cooperativas de mineradores do Seridó através da nova linha de crédito criada pelo governo do estado Empreender-pb.  Além da liberação do crédito os agentes do governo atuam para garantir melhores condições de trabalho dos garimpeiros.

Para o técnico em mineração estagiário  da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), Antônio de Pádua Sobrinho , o acompanhamento do Governo tem ajudado a diminuir a informalidade da atividade  no Estado. “Antes os garimpeiros vendiam a atravessadores, a matéria prima era desvalorizada e os trabalhadores ficavam na informalidade. Hoje, estamos fiscalizando os garimpos, orientando na extração, levantando as necessidades de equipamentos, fazendo o acompanhamento diário da produção. Tudo isso para agregar valor e garantir uma qualidade de trabalho digna para os garimpeiros”, disse.


Para o garimpeiro Assunção Henriques, de 64 anos, que trabalha há 42 na atividade, o crédito fornecido pelo Governo tem ajudado na aquisição de equipamentos e, consequentemente, na melhoria das condições de trabalho. “Com o crédito liberado para a cooperativa adquirimos equipamentos que nunca tivemos condições de comprar. O trabalho que levava semanas, agora pode ser feito em um ou dois dias” Disse.



Percebendo a potencialidade da Paraíba, o Governo Federal já sinaliza interesse pela atividade. O secretário adjunto de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Carlos Nogueira, destacou as potencialidades da base mineral do Estado: “A Paraíba tem potencial na geração de bens minerais não metálicos. Fomentar esse tipo de atividade nessas microrregiões é gerar emprego e renda, além de fixar o homem no campo”, avalia Nogueira.

Antonio de Pádua Sobrinho com  Vall França – Especial Correio da Paraíba

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