Picuí-PB: Tony Henriques e Antonio de Pádua Sobrinho ministraram palestra no seminário de comemoração aos 36 anos do curso de engenharia de minas da UFCG.

O técnico em mineração estagiário da companhia de desenvolvimento dos recursos minerais do estado da Paraíba  –CDRM, estudante de agroecologia do IFPB,Campus Picuí e Professor da escola Padre Jerônimo Lawen -Santa Luzia Paraíba , Antonio de Pádua Sobrinho , juntamente com o diretor/presidente da cooperativa dos mineradores de Picuí- COOPICUÍ, Tony Henriques , ministraram uma  palestra  sobre “Os desafios para o desenvolvimento sustentável da pequena mineração na Paraíba”. No seminário de Comemoração aos 36 Anos de Criação do Curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Campina Grande- UFCG, realizado no auditório da UAMG/UFCG  na sede campestre da ADUFCG, Campina Grande -PB


No evento estiveram  presentes estudantes, professores e representantes da gestão administrativa do Curso de Engenharia de Minas e da Reitoria da UFCG, dentre eles o Professor Elbert Valdiviezo Viera – Coordenador da UAMG, Professor José Avelino Freire – Coordenador do Curso de Engenharia de Minas Professor Vicemário Simões – Pró-Reitor de Ensino da UFCG ,Professor José Edilson Amorim – Vice-Reitor da UFCG , Guilherme Henrique Silveira e Silva – Superintendente do DNPM/PB, Renato Costa Feliciano – Secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Renan Guimarães de Azevedo – Conselheiro do CREA/PB,Marcelo Sampaio Falcão coordenador   do Programa de Desenvolvimento da Mineração Paraibana (Promin),o professor Antonio Pedro Ferreira UFCG , profissionais, empresários e toda a comunidade vinculada ao setor mineral. 

 Durante a palestra Antonio de Pádua e Tony Henrique fizeram um breve histórico da atividade mineral na Paraíba,destacando os municípios com maior vocação mineira que  são: Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Frei Martinho, Junco do Seridó, Picuí e Várzea, destacando a situação atual da atividade , condições de trabalho , aspectos das lavras e impactos ambientais decorrente da atividade , apresentado as causas e efeitos que segundo eles acontecem pela Falta de pesquisa geológica básica, planejamento exploratório e ambiental, incluindo PRAD, extração predatória e passivos ambientais marcantes;inexistência de programas de capacitação técnica, permanecendo as práticas operacionais rudimentares;ausência de tecnologias apropriadas  em todas as etapas do processo produtivo, gerando baixa produtividade;Segurança no trabalho comprometida, gerando acidentes e problemas de saúde irreversíveis; venda da produção mineral na forma bruta, sem agregação de valor monetário;relações desfavoráveis entre pequenos mineradores e atravessadores na comercialização do produto.sendo estes fatores os principais  desafios para o desenvolvimento sustentável da pequena mineração na Paraíba.


 Em seguida eles apresentaram algumas recomendações para se alcançar a sustentabilidade na pequena mineração, que para que isto aconteça segundo eles é preciso  o fortalecimento do Cooperativismo com contratação de profissionais para atuarem na pequena mineração desde a fase de pesquisa passando pela legalização junto ao DNPM, planejamento tecnológico, exploratório, mercadológico e ambiental. Podendo ser agregado ainda a segurança e saúde do trabalhador. Além de apresentarem soluções para a degradação ambiental e  mostrando  as ações em desenvolvimento e  os resultados obtidos   com as criação destas cooperativas nos município citados , segundo Antonio de Pádua com a criação dessas cooperativas  iniciou-se  do processo de formalização e legalização  da atividade no estado  , “Antes os garimpeiros vendiam a atravessadores, a matéria prima era desvalorizada e os trabalhadores ficavam na informalidade. Hoje, estamos fiscalizando os garimpos, orientando na extração, levantando as necessidades de equipamentos, fazendo o acompanhamento diário da produção, fazendo parcerias com instituições e órgãos Governamentais, Tudo isso para agregar valor e garantir uma qualidade de trabalho digna para os garimpeiros”, disse.

Concluíram  a  palestra relatando que  situação dos pequenos mineradores da mesorregião do Seridó Paraibano é bastante precária há mais de 60 anos , mas agora vislumbra novos horizontes. O governo estadual e seus parceiros vêm prestigiando e proporcionando novas oportunidades para modificar este quadro. "Chegou a hora de sairmos da informalidade, fator preponderante para a nova realidade da pequena mineração. Estamos muito esperançosos e apostando nesse novo quadro, precisando avançar, não só na área de legalização, mas também temos que focar: capacitação, comercialização, segurança e saúde dos trabalhadores ."Disse Tony Henriques







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