Após denuncia no
Fantástico de que garimpeiros estariam vendendo explosivos para bandidos
explodirem caixas eletrônicos, e garimpeiro
ser preso, garimpeiros que trabalham com a extração de pedras no Junco do
Seridó, participaram de uma reunião com
a Cooperativa de Mineradores (Cooperjunco) e representantes da Companhia de
Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), para discutir o combate
à venda ilegal de explosivos. Os mineradores informaram que vendiam os
materiais, mas que não sabiam que bandidos que explodem bancos, estariam
adquirindo os produtos na região. A presidente da Cooperjunco, Aparecida
Batista , afirmou que irá cobrar medidas mais coercitivas para evitar o acesso
das quadrilhas às áreas dos garimpeiros. O Exército frisou que já estão sendo
apurados os indícios de irregularidades no Seridó, através do Serviço de
Fiscalização de Produtos Controlados da 7ª Região Militar (Recife-PE).
De acordo com Aparecida Batista, muitos mineradores estavam vendendo os
produtos sem saber que os bandidos estariam aproveitando para usar os
explosivos em explosões à caixa eletrônico e por isso, a reunião teve por
objetivo, orientá-los sobre o uso dos materiais nas minas. “Eles não sabiam o
que estavam fazendo. Acontece que compravam para fazer suas detonações e se
chegasse alguém para comprar, eles vendiam, de forma indiscriminada sem saber,
pensando que era pra outros mineradores. Apresentamos para eles na reunião, a
importância de se legalizar a venda e assim, barrar que bandidos venham até
aqui, comprar explosivos”, explicou.
O minerador João Salustiano Silva,48, disse que companheiros de trabalho vendiam os explosivos que eram adquiridos para a
detonação nos garimpos, como forma de adquirir mais dinheiro.
“Ninguém sabia que bandidos estavam vindo, ou mandando comprar dinamite aqui.
Acontece que o erro dos garimpeiros era vender sem saber a quem e agora, isso
deverá acabar porque vamos buscar ter um controle e só pretendemos comprar o
que for ser usado nos garimpos”, disse o minerador.
Segundo o presidente da CDRM, Marcelo Falcão, é importante que sejam tomadas
medidas que combatam o comércio ilegal de explosivos e que não prejudique o
trabalho dos garimpeiros. “Uma prática irregular que precisa ser combatida, mas
tem que serem tomadas providências que não venham a prejudicar a vida dos
garimpeiros que vivem da extração mineral e que é a única fonte de renda para
eles”, destacou.
Conforme o Exército, As operações na região serão intensificadas e que já estão
sendo tomadas medidas urgentes para o combate a venda clandestina de materiais
explosivos. Entre as medidas que serão adotadas, estão a criação de um canal na
internet para o registro das ocorrências de furto, roubo, perda ou recuperação
de explosivos e acessórios em até 24 (vinte e quatro) horas após o fato e a
instalação de vigilância eletrônica nos depósitos.As discussões vieram à tona,
após a operação “Nitron”, realizada na semana passada, quando foi preso um
garimpeiro acusado de fornecer explosivos a quadrilhas que explodem bancos. Na
ação, também foram apreendidos 25 quilos de nitron.
Fonte do texto : http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/policia/assalto/2013/02/25/NWS,220340,8,157,NOTICIAS,2190-COOPERATIVA-QUER-EVITAR-VENDA-ILEGAL-EXPLOSIVOS.aspx
Segundo o professor e técnico em mineração, Antonio de Pádua Sobrinho, uma solução para esta problemática é a terceirização que deve ser feita pelas cooperativas, ou seja, adquirir explosivos de um paiol terceirizado, o que não pode é a atividade ficar parara prejudicando centenas de famílias que sobrevivem da atividade na região” Disse
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