PICUÍ-PB: O TÉC. EM MINERAÇÃO ANTONIO DE PÁDUA SOBRINHO FALA DOS DESAFIOS QUE SEGUNDO ELE IMPEDEM O DESEN. SUSTENTÁVEL DA PEQUENA MINERAÇÃO DA REGIÃO

 Em entrevista cedida a este portal o professor e técnico em mineração Antônio de Pádua Sobrinho, falou dos desafios que impedem o desenvolvimento  sustentável da pequena mineração da região ,   o subsolo paraibano segundo ele  é constituído em grande parte por rochas e minerais  de grande valor econômico, os quais se destacam: granito, calcário, bentonita, areia, argilas, caulim, feldspato, quartzo, mica, scheelita, tantalita-columbita, berilo e turmalina.

 O professor falou que a Província Pegmatítica Borborema, inserida nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte na mesorregião Seridó Oriental merece destaque nos municípios onde são explorados têm um peso marcante na economia interna e no desenvolvimento social da população.

“Em território potiguar destacam-se os municípios de Parelhas, Currais Novos, Equador e Carnaúba dos Dantas. Em território paraibano, os municípios com maior vocação mineira são: Pedra Lavrada, Nova Palmeira, Frei Martinho, Junco do Seridó, Picuí e Várzea, nos municípios onde são explorados têm um peso marcante na economia interna e no desenvolvimento social da população, sendo na maioria das vezes extraídos através dos garimpos e mineradoras de pequeno e médio porte, esses municípios sediam atualmente seis cooperativas de mineração.” Destacou.


 Para Pádua os desafios que impedem a sustentabilidade da pequena mineração  essencialmente nos garimpos da Província Pegmatítica da Borborema  em especial da região de Picuí e Frei Martinho aonde o mesmo vem realizando pesquisas e visitando, e dialogando com os mineradores estão relacionados à falta de pesquisa mineral, mapeamento geológico básico, atividade mineira sem planejamento, degradação ambiental, falta de capacitação técnica permanecendo as práticas rudimentares, presença do atravessador na compra do minério, ou seja, a falta de logística , segurança do trabalho comprometida,  a atividade  é realizada  na maioria das vezes sem o uso  dos EPIS (Equipamentos de Proteção Individual), é comum relatos de trabalhadores  que foram mutilados durante o exercicio laboral.  “Esta situação reflete a precariedade do setor mineral e das condições sócio econômicas dos pequenos mineradores  desde o início do século XX até os dias atuais. ”Disse

“Uma alternativa para vencer estes desafios segundo ele  seria com o fortalecimento do Cooperativismo e com a contratação de profissionais da área  como  engenheiros de minas,  geólogos  ou   técnicos em mineração  para atuarem na pequena mineração, desde a fase de pesquisa passando pela legalização de áreas  junto ao DNPM, planejamento tecnológico, exploratório, mercadológico, ambiental, agregando principalmente a segurança e saúde do trabalhador, adotando  de  uma logística capaz de integrar toda cadeia produtiva. É  preciso que se tenha um acompanhamento e uma  assistência técnica permanente   de um responsável técnico da área, ninguém abre um hospital sem ter um médico responsável.”Frisou

" É preciso olhar o social, resgatar a autoestima dos pequenos mineradores, proporcionando condições dignas de trabalho, realizar um trabalho com ações voltadas à segurança no trabalho e a saúde ocupacional, conscientizando- os  quanto ao uso EPIS (Equipamentos de Proteção Individual) eliminando os riscos de acidentes, que é tão comum,além  das doenças ocupacionais, a exemplo da SILICOSE, que tem matado trabalhadores nesta região, preocupado com a situação idealizei juntamente com o professor e geólogo Francisco Souza, o projeto “GARIMPO BOM, MINERAÇÃO RESPONSÁVEL,  o objetivo do  projeto  é  fazer um levantamento das pessoas  que  trabalham   ou  que já trabalharam  com a extração de minérios,  e ficaram expostos a silicose  doença causada pela inalação de poeiras contendo partículas finas de sílica livre cristalina livre  e diante do levantamento buscar soluções PORÉM TODOS ESTES TRABALHOS  É VOLUNTÁRIO NÃO TEMOS RECEBIDO  APOIO DE NENHUM ÓRGÃO OU INSTITUIÇÃO, FAZEMOS PORQUE ACREDITAMOS NO POTENCIAL ECONÔMICO DESTA REGIÃO.”Concluiu 



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