Aperfeiçoar a prática
profissional dos futuros técnicos em mineração. Foi com este objetivo que
estudantes do Curso de Mineração da Escola Estadual Padre Jerônimo Lauwen participaram de uma aula de
campo na Mina Escola, localizada na zona rural de Santa Luzia. O reforço foi na
área de planejamento de lavra, segurança no trabalho, tratamentos de minérios,
geologia, serviços e equipamentos de mineração.
No início da aulas, os
estudantes aprenderam sobre a importância histórica da Mina Escola, que
funcionou, na década de 80, como um espaço de aprendizado para alunos do curso
de Engenharia de Minas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), bem como para
garimpeiros da região que utilizaram a estrutura para beneficiamento de minério.
Para
um dos professores do curso, Antônio de Pádua, as visitas planejadas visam a
aproximação do estudante com o universo profissional que irão enfrentar no
futuro de maneira qualificada. “Os alunos podem unir o conhecimento adquirido
em sala de aula com a prática. Todas as ações integram as atividades
curriculares dos alunos, os quais já tiveram a oportunidade de participar de
aulas na mina Brejuí, localizada em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, além
de outras minas em Junco do Seridó e Várzea Paraíba”, revelou o professor.
De acordo com o presidente da
Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), Marcelo
Sampaio Falcão, o cenário de desenvolvimento mineral no Estado tem contribuído
para o incentivo educacional dos jovens e a inserção no mercado de trabalho por
meio dos cursos de mineração. “É uma alternativa qualitativa de assegurar os
jovens na própria região com toda a riqueza que o local oferece. O mercado só
tende a absorver o recurso humano altamente preparado”, pontuou o gestor.
De acordo com o professor e
coordenador do curso, José Aderivaldo, até o final do ano a Escola Padre
Jerônimo Lauwen realizará várias aulas de campo em parceria com empresários do
setor, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Secretaria Municipal de
Educação de Santa Luzia e cooperativas da região. Esta iniciativa faz parte do
projeto “A pesquisa como princípio pedagógico na formação do técnico em
mineração”, desenvolvido no estágio supervisionado.
Os estudantes ainda foram acompanhados pelos professores Dayse Nóbrega e Jalles Santos e supervisionados pelo funcionário da UFCG, Edson Nóbrega, que trabalha na Mina Escola. Na próxima semana, os alunos produzirão relatórios e debates sobre a atividade desenvolvida.
Investimentos em Mineração – O Governo do Estado tem
investido nos últimos anos no setor mineral com o apoio do Projeto Cooperar,
Empreender Paraíba e do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Cariri,
Seridó e Curimataú (Procase).
O
pequeno produtor mineral e as cooperativas estão tendo a oportunidade, por meio
de convênios, de mecanizar a produção com a inserção da tecnologia, melhorando
consideravelmente a extração mineradora, agregando valor ao produto final.
“Para termos ideia, antes o pequeno minerador utilizava picareta e enchia
caminhões com o auxílio apenas de pá. O trabalho árduo podia durar até um dia
inteiro para encher cada caçamba. Agora, com a ajuda de retroescavadeiras, eles
terão a oportunidade de fazer todo o serviço em cerca de 20 minutos”, lembrou o
presidente da CDRM, Marcelo Falcão.
Exemplos
de sucesso também podem ser encontrados em outros municípios do Cariri
paraibano. Com o apoio da Cooperativa dos Mineradores do Município de Várzea
(Coopevarzea), os mineradores foram beneficiados com uma unidade de
aproveitamento dos resíduos de quartzito e na produção de revestimento em tela.
Já no município de Pedra Lavrada também foi inserido o investimento para o
melhoramento das rochas de quartzito e feldspato.
A
Cooperativa dos Mineradores de Frei Martinho (Coorpermineral) também foi
contemplada com a implantação de duas unidades de classificação artesanal de
mica nas comunidades Timbaúba e Quixaba. Cerca de 40 mulheres sobreviviam
cortando placas de mica com uma faca doméstica, nos próprios garimpos. Agora,
elas serão transferidas para galpões localizados nas vilas, onde o corte e o
esquadrejamento serão realizados com guilhotinas sobre mesas.
Novidades – Uma unidade de
fundição será implantada junto ao laboratório de lapidação da Cooperativa dos
Garimpeiros de Nova Palmeira (Coogarimpo), para produção de joias e bijuterias,
utilizando como protagonistas as gemas do Seridó paraibano. O projeto prevê
também a capacitação de mulheres nas áreas de lapidação edesignde joias, que será
realizada como contrapartida do Sebrae/PB.
“Antes só fazíamos o processo de lapidação. Agora
poderemos finalizar toda a cadeia produtiva com a fundição de peças utilizando
metais que não oxidem aliados ao uso de outras pedras mais preciosas. Toda a
montagem do maquinário está sendo feita e a partir do próximo dia 9 de junho
será iniciada a capacitação da mão de obra qualificada”, adiantou Marcelo.
SECOM - PB
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