O
recente projeto arquitetônico que prevê a construção de uma estrutura turística
receptiva e apropriada para acolher os turistas e visitantes
O Secretário Executivo do Turismo,
Ivan Burity, se reuniu com um grupo de trabalho multidisciplinar para retomar o
projeto turístico das Itacoatiaras de Ingá, considerado, atualmente, como o
parque arqueológico de maior visitação no Brasil.
O grupo fez um diagnóstico da situação
atual e entrou em acordo sobre o recente projeto arquitetônico que prevê a
construção de uma estrutura turística receptiva e apropriada para acolher os
turistas e visitantes. Nesse sentido, o sinal verde do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional na Paraína (Iphan-PB) já foi concedido, com
recomendações específicas de adequação do projeto inicial.
“Vamos utilizar o projeto
arquitetônico do modo mais inteligente possível para que seja erguida uma
estrutura que contemple, minimamente, locais para auditório, refeições e sala
para aulas”, disse Ivan. O Secretário Executivo do Turismo acrescentou, também,
que a evolução natural do processo é que no futuro se construa um museu na
área.
“Mas precisamos, agora, mover o que já existe
e concretizar estas etapas iniciais”, defendeu o Secretário, que avaliou a
reunião como “muito positiva em todos os seus aspectos”.
No encontro estiveram presentes
representantes da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do
Estado (Suplan), Iphan-PB, Cagepa, Superintendência de Administração do Meio
Ambiente (Sudema), Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e técnicos da
Secretaria Executiva do Turismo. O Secretário de Turismo do Ingá, Vavá da Luz,
também acompanhou a reunião.
Próximos passos - Entre as deliberações iniciais está
a readequação do projeto arquitetônico inicial, proposta pelo Iphan, para um
melhor aproveitamento dos espaços. Outro ponto que ficou decidido é o
lavramento da escritura e a efetiva desapropriação das ocupações irregulares na
área.
A medida é fundamental para que se proceda
junto à Sudema a oficialização do espaço final, que atualmente é de 42
hectares. A Sudema, por sua vez, ficará responsável por constituir a área final
em Unidade de Conservação, a fim de garantir a recuperação de espaços
degradados e proteger a fauna e flora locais.
“O projeto requer todo um cuidado de
natureza ambiental e paleontológica, porque as Itacoatiaras estão cercadas de
achados arqueológicos e patrimônio ambiental.
O Estado está desapropriando esses 42 hectares
para que a Unidade de Conservação permanente seja efetivamente constituída”,
explicou o secretário executivo, Ivan Burity.
Um levantamento topográfico do terreno
também será realizado e o acompanhamento da obra será feito pelo Iphan-PB, em
parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Medidas emergenciais como pintura
geral, reforma dos banheiros já existentes, contemplando acessibilidade,
ampliação da coleta de lixo e perfuração de um poço artesiano também serão
tomadas. “É importante que isso aconteça agora, porque o fluxo não vai parar em
face do novo projeto que será implementado”, avaliou o Secretário de Turismo do
Ingá, Vavá da Luz.
Promoção do local – Após as medidas iniciais, Ivan
deixou firme a determinação de promover as Itacoatiaras e transformar o
monumento em produto turístico. “A equipe da Secretaria Executiva de Turismo
desenvolveu um projeto denominado Trem das Itacoatiaras, que se constitui em um
roteiro de turismo ferroviário, entre Campina Grande e Ingá, preferencialmente
aos domingos, cujo fluxo dará sustentabilidade ao Parque”, antecipou.
O Secretário de Estado do Turismo e
Desenvolvimento Econômico, Laplace Guedes, avaliou a proposta como promissora
para a região. “É uma iniciativa que prevê um aporte contínuo de turistas e
visitantes às Itacoatiaras, aproveitando a malha ferroviária existente e
obedecendo aos padrões necessários de conservação e promoção de turismo dessa
natureza. Ingá, Campina e toda a região só têm a ganhar”, considerou.
As Itacoatiaras de Ingá recebem uma
média de 2.500 visitantes por mês. Anualmente, esse número salta para 15 mil
pessoas, o que posiciona o parque arqueológico como o mais visitado do Brasil,
à frente de um dos mais famosos sítios brasileiros, o do Parque
Nacional Serra da Capivara, no Piauí.
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