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Trabalho
apresentado Nathan Cândido de Oliveira;
Talita Freitas F. de Sá; Samir Gomes da Silva (; Antônio de Pádua Caetano de Lima
Sobrinho; Monaliza Haylhane Medeiros Dantas. No V
CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, realizado pelo Instituto
Federal de Alagoas, nos dias 17, 18, e 19 de novembro de 2010, no Centro de
Convenções Ruth Cardoso, em Maceió - AL.
RESUMO
O ser humano em sua evolução, sempre procurou mapear
áreas, seja por sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação,
construção, etc.
A ampliação das necessidades de descrição do meio trouxe a relevância de
existir ciências que trabalhassem com mapeamento, uma delas é a topografia. O
objetivo da topografia é efetuar o levantamento, ou seja, executar
medições de ângulos, distâncias e desníveis, que permita representar uma porção
da superfície terrestre em uma escala adequada. Apesar de se uma disciplina
técnica, os alunos do curso Técnico Subsequente em Mineração do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Picuí - promoveram
um trabalho de criação de um equipamento topográfico, o Teodolito, como forma
de aprendizagem de leitura de ângulos horizontais e verticais. A prática
educativa utilizada permitiu que os alunos compreendessem melhor não apenas o
funcionamento do Teodolito, mas a importância técnica de cada elemento e a
relação entre a equipe criadora foi melhorada em função do objetivo comum.
Palavras-chave:
Teodolito,
Topografia, Educação e Mineração.
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INTRODUÇÃO
Ensinar
e aprender são uma dinâmica relacional de diversos fatores que permitem
contribuir ou não para a criação de oportunidades de aprendizagem, através de
metas e estratégias que poderão ser conjuntamente elaborados com os educandos
visando o aprendizado.
A
importância de se trabalhar novas metodologias de aprendizagem não é tarefa
fácil, pois a prática educativa deve ser composta de uma boa idéia e de
predisposição da mesma por parte dos alunos e professor. Para obter êxito é
preciso que seja vivenciado os quatro pilares da educação, que são: Aprender a
Conhecer,
Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser.
Uma
das disciplinas do curso Técnico Subsequente em Mineração do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) - Campus Picuí, é a de
Topografia, que tenta transmitir aos alunos conhecimentos sobre a ciência e
arte da representação gráfica do relevo, resguardando as proporcionalidades.
Uma
das metas desta disciplina são a compreensão e prática do Teodolito, sendo este
um equipamento da topografia clássica. Este trabalho objetiva-se em montar um
teodolito rústico, que apresente os principais elementos de um teodolito
comercial e que possibilite leitura de ângulos verticais e horizontais, como
forma de aprendizado no tocante ao funcionamento do equipamento.
2
REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Práticas Educativas
Segundo
Bragança et al. (2004) prática educativa é a forma de condução do ensino de um
determinado tema, onde os objetos utilizados para esse fim, o como se dará sua
participação e quais os objetivos a serem alcançados são os elementos
constitutivos da prática educativa.
No
processo educativo o bom relacionamento entre os partícipes é de fundamental
importância. Vigostsky (1989) aponta que as interações professor-aluno-professor
e aluno-aluno, e os contextos socioculturais que as envolvem são de grande
valia para a aprendizagem.
O
ensino adquire uma nova conotação, ele deixa de ser uma transmissão de
conhecimentos, para ser um processo de elaboração de situações
didático-pedagógicas que facilitem a aprendizagem, isto é, que favoreçam a
construção de relações significativas entre componentes de um universo
simbólico (MORETTO, 1999).
Para
Costa e Costa (2003) a função básica do professor é estimular a ação, através
de questionamentos e levantamentos de dúvidas, por exemplo, fazendo com que o
aluno atue mentalmente sobre a situação proposta.
Segundo
Delors(2001), para poder dar respostas
ao conjunto de suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro
aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada
individuo, os pilares do conhecimento : aprender a conheçer, isto é, adquirir
os instrumentos da compreensão aprender a fazer, para poder agir sobre o meio
envolvente ;aprender a viver juntos , a fim de participar e cooperar com os
outros em todas as atividades humanas e, finalmente, aprender a ser, via
essencial que integra as três precedentes.
2.2. Topografia
Espartel
(1987) conceitua a Topografia como aquela que tem por finalidade a de determinar
o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície
terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre.
Os
métodos clássicos da Topografia, que se baseiam fundamentalmente na medição de
ângulos e distâncias recorrendo a instrumentos tais como teodolitos, níveis e
distanciômetros (FONTE, 2005). Para Doubek (1989), a Topografia tem por
objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a
representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana. Ela é fundamental para a implantação
(chamadas locações) e acompanhamentos de obras como: projeto viário,
edificações, urbanizações (loteamentos), movimento de terra (cubagem de terra).
O
objetivo da disciplina de topografia consiste na aprendizagem de métodos e
técnicas de aquisição de dados que possibilitem a determinação das coordenadas
de um conjunto de pontos, que descrevam geometricamente uma parcela da
superfície do terreno, com rigor e aproximação necessários. É Atividade
técnico-profissional responsável pela medição e descrição gráfica de todos os
elementos ou acidentes geográficos de qualquer área da superfície terrestre,
considerada plana. (LISBOA,1995).
2.3. Teodolito
Os
instrumentos capazes de medir ângulos horizontais e ângulos verticais são
chamados de teodolitos e têm
como componentes fundamentais: uma
luneta - cujo eixo óptico materializa as direções, podendo tomar
todas as posições no espaço com movimentos em torno de um eixo que, depois do
estacionamento do teodolito, ficará colocado na posição vertical (eixo
principal) e outro que ficará na posição horizontal (eixo secundário); dois limbos graduados -
destinados a medir os ângulos e que estão colocados na posição horizontal e
vertical; nivelas - cuja
finalidade é colocar vertical o eixo principal do teodolito.
O
teodolito dispõe de uma parte fixa, chamada base, onde se apóia ao instrumento, e outra móvel, chamada alidade, susceptível de rodar em
torno do eixo principal do teodolito. O
eixo em torno da luneta ou eixo
secundário. É um eixo supostamente perpendicular ao eixo principal e que
o deve intersectar num ponto chamado centro
do teodolito.
A
luneta dispõe ainda de um eixo óptico,
que deve passar pelo centro do teodolito.
Para
Fonte (2005), para que com um teodolito se possam medir realmente ângulos
horizontais e verticais com vértice no ponto onde o teodolito está estacionado,
devem verificar-se, além de algumas condições de construção que serão expostas
mais à frente, as seguintes condições de estação: o eixo principal deve estar
vertical e o eixo principal deve passar pelo ponto estação.
3. METODOLOGIA
Os alunos do curso Técnico Subsequente em Mineração
executaram o trabalho em quatro fases distintas, sendo elas a de Planejamento
onde os principais elementos de um teodolito deveriam existir de forma funcional
e harmoniosa; a segunda fase foi a de projetar e adquirir elementos para a
construção destes elementos; na sequência veio a montagem do teodolito e o
acabamento; e por fim a fase de testes.
Para planejar a montagem os alunos partiram estudando
o como é formado um equipamento topográfico, e quais as principais
especificidades para ser considerado um teodolito, mesmo que rústico.
Na observação do teodolito, a primeira providência foi
a de criar um tripé, que é um acessório utilizado para sustentação e fixação do
Teodolito em campo. Ele deveria ser rosqueável para maior segurança do
equipamento e para certificação que o mesmo continua no ponto topográfico
fixado no campo. Além disso, o tripé deveria ter a possibilidade de ajustar-se
ao terreno.
Foi construído
de madeira tipo timborana, e três dobradiças que permite os movimentos de abri
e fechar as pernas do tripé para ser fixado no solo, e três parafusos para
trava os movimentos de regulagem ao terreno como pode-se observar na figura 01,
os cortes (a) e posteriormente pintado e testado (b).
Figura 02 – Base de travamento
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Para realizar as leituras horizontais foi preciso fixar o transferidor
de 360º, utilizamos madeira tipo timburana para fazer um círculo que foi
parafusado na base inferior, para poder fixar o transferidor obtendo os
possíveis ângulos horizontas.
Para
marcar os ângulos utilizamos um rolamento de HD de um computador para
possibilitar o giro de 360º da base superior (ver figura 03) e então poder
marcar os ângulos, que foi utilizado pequenos pedaços de bloco de 15 mm, para
ser feito a base superior que ficou na forma de um quadrado e então ser parafusado
no rolamento, e na base superior foi colocado as bolhas de centralização.
Para
realizar as leituras verticais foi colocado um pequeno pedaço de madeira na
base superior para fixar um transferidor de 180º e outro rolamento de HD para
marcar os ângulos, e um pequeno pedaço de cano de alumínio para a visualização
das possíveis distâncias angulares, para obtermos o fio médio usamos dois
pedaços de arame formando um X. Que no equipamento comercial, é feito com uma
luneta com lentes ajustáveis para melhor visualização.
Figura 04 – Teodolito Rústico
5 CONCLUSÃO
Esta pesquisa pode observar a importância do uso de
práticas educativas como metodologia eficiente de aprendizado, pois a partir da
montagem do teodolito a turma teve mais facilidade no manuseio dos equipamentos
da Instituição.
O envolvimento com a atividade trouxe aos participantes
o desafio de aprender a conhecer o equipamento e suas metodologias
de uso, aprender
a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
6. REFERÊNCIAS
BRAGANÇA,
B.; FERREIRA, L. A. G.; PONTELO, I. Práticas educativas e
ambientes de aprendizagem escolar: relato de três experiências. CEFET-MG. 2004.
COSTA, M. A. F.; COSTA. M.
F. B da. Práticas educativas para o
ensino de biossegurança: uma experiência com alunos surdos. CEFET-RJ. 2003.
DELORS, J. Educação: um tesouro a
descobrir. Relatório da UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o
século XXI. São Paulo. Cortez Editora; Brasília. MEC/UNESCO. 2001, 288p.
ESPARTEL, L. Curso de
Topografia. 9 ed. Rio de Janeiro, Globo, 1987.
FONTE,C.C. Textos de
apoio de Topografia. Departamento de Matemática. FCTUC. Universidade de
Coimbra. Apostila do curso de Engenharia Civil. 2005.
LISBOA. C. Levantamentos
Topográficos. Apontamentos de Topografia. Departamento de Matemática,
FCUL, 95 p.1995.
MORETTO, V.P. Construtivismo: a produção do conhecimento
em aula. Rio de Janeiro: Editora DP&A. 1999.
VIGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo:
Editora Martins Fontes, 1989.
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