INDICADORES-CHAVE DE DESEMPENHO. Por Jony Peterson

Pessoal tudo bem? O artigo dessa semana irá abordar os indicadores-chave de desempenho, pois falei um pouco sobre este assunto no último artigo, se ainda não leu clica no link (http://sobrinhopicui.blogspot.com.br/2016/07/etapas-do-planejamento-de-lavra-por.html) e confere. Pois bem, os indicadores-chave de desempenho utilizados numa mineração são basicamente três: disponibilidade física, utilização e produtividade, pois são usados para mensurar a produção da mina e é base para o dimensionamento da frota.
Para compreender melhor vamos pensar numa situação: um táxi que leva alunos da Escola Estadual Padre Jerônimo Lauwen em Santa Luzia – PB para a cidade de Várzea – PB. O motorista do taxi só irá faturar se o carro estiver efetivamente em movimento, ou seja, rodando por assim dizer. Neste caso existem algumas situações que podem afetar o deslocamento e performance do carro: o carro está numa oficina porque quebrou uma peça, o pneu furou e precisa ser trocado ou ainda parado por conta de uma revisão, logo a Disponibilidade Física indica o tempo que o equipamento está mecanicamente apto para efetuar o trabalho. Este indicador-chave também chamado de DF, irá medir a eficiência da manutenção. Digamos então que o tempo gasto de Várzea para Santa Luzia seja de 20 minutos, e que em um dia o táxi tenha que fazer 6 viagens (ida e volta), logo terá como tempo programado de 240 minutos em um dia, devido a um pneu furado o carro teve que ficar parado para troca do pneu por volta de 40 minutos, logo a disponibilidade é calculada da seguinte forma:
Disponibilidade (%) = (Tempo Produzindo / Tempo Programado) * 100
Se meu tempo programado foi de 240 minutos e o tempo parado de 40 minutos, meu tempo realmente produzindo (ou levando os alunos) foi de 200 minutos, no entanto minha DF será:
DF = (200 / 240) * 100 = 83,3%
Uma DF alta é sinônimo de uma equipe de trabalho eficaz que colocou um equipamento para funcionar. De maneira geral a disponibilidade física representa o percentual de dedicação para operação de um equipamento, em relação às horas totais do período. Neste exemplo acima, 16,7% do meu tempo foi perdido devido a uma parada mecânica.
Ainda no nosso exemplo do táxi, vamos considerar outro tipo de parada, o motivo será o almoço, este tipo de parada afeta a utilização do táxi. A utilização é um indicador-chave de desempenho porque mostra o uso efetivo dos equipamentos, ou seja, o percentual das horas disponíveis para a operação que foram realmente trabalhadas. Existem diversos motivos que também afetam uma utilização, tais como chuva, fila de equipamentos, vias danificadas e etc... , ou seja, fatores que não sejam mecânicos como apresentados na explicação sobre DF. Considerando o mesmo tempo programado de 240 minutos do exemplo anterior, vamos considerar que o carro teve que ficar parado para almoço do motorista por volta de 60 minutos, a utilização é calculada da seguinte forma:
Utilização (%) = (Tempo Produzindo / Tempo Programado) * 100
Se meu tempo programado foi de 240 minutos e tempo parado de 60 minutos, meu tempo realmente produzindo foi de 180 minutos, logo minha UT será:
UT = (180 / 240) * 100 = 75%
O cálculo é semelhante ao da DF, porém uma UT alta significa o percentual de tempo em operação de um equipamento, em relação às horas totais do período, em alguns casos também chamado de performance do equipamento. Neste exemplo acima 25% do meu tempo parado foi devido ao almoço, podemos considerar também que nunca teremos uma utilização de 100% durante um dia, pois invariavelmente o motorista irá parar para almoçar, para ir ao banheiro e etc... , porém temos que durante o tempo disponível deve-se utilizar da melhor forma possível de modo que se obtenha o máximo do equipamento.
Por fim, no exemplo do táxi, temos uma variável a ser analisada que seria o quanto ele pode ganhar no percurso percorrido. Digamos que o taxi irá ganhar também por aluno transportado, então ele deve rodar sempre com a lotação completa, então quanto mais vezes eu fizer um ciclo entre Santa Luzia e Várzea mais irá ganhar, em matemática simples, o conceito seria mais horas disponíveis resultam em mais passageiros atendidos. Vamos considerar os mesmos 20 minutos de ida e volta com o mesmo tempo programado de 240 minutos e 6 viagens por dia, considerando a lotação do carro são 11 alunos, por dia eu transporto 66 alunos tanto ida quanto volta. No dia seguinte o mesmo táxi conseguiu efetuar mais duas viagens, logo transportou 88 alunos, certamente a produtividade foi mais alta neste dia, pode-se dizer que a produtividade de um dia normal são 66 alunos transportados, caso efetue mais ou menos, minha produtividade cai ou aumenta respectivamente, este indicador-chave mede a qualidade do meu desempenho.
Então, para um planejador analisar cada item em separado, na minha opinião, pode chegar a diversas conclusões, que a manutenção é mais efetiva em determinado equipamento, que a operação foi mais eficiente em um turno ou que a produtividade é maior em um material do que em outro e assim por diante, porém não conclusiva. Logo deve-se desmembrar cada indicador e entender os tipos de atrasos operacionais dentro do contexto da mina, e saber aonde apropriar cada item para medir melhor a DF e UT.
Um item que faz a produtividade aumentar ou diminuir é a distância média de transporte – DMT entre o ponto de carregamento e o ponto de descarga, ou seja, quando menor a distância a tendência é aumentar a produtividade, mas deixarei este assunto para o próximo artigo.
Pois bem pessoal espero que tenham gostado do artigo e qualquer dúvida favor enviar um e-mail para jony_lima@yahoo.com.br e do mais até a próxima.

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