Segundo o trabalho intitulado: “COOPERATIVISMO MINERAL COMO PROPULSOR DA ATIVIDADE
GARIMPEIRA NOS PEGMATITOS DE PICUÍ-PB.” De
autoria do Técnico em Mineração Antonio de Pádua Sobrinho e do Geólogo
Francisco de Assis Souza. Disponível em: http://searchentmme.yang.art.br/download/2013/eletrometalurgia-electrometallurgy/2355%20-%20SOUZA,%20F.A.-%20COOPERATIVISMO%20MINERAL%20COMO%20PROPULSOR%20DA%20ATIVIDADE%20GARIMPEIRA%20NOS%20PEGMATITOS%20DE%20PICU%C3%8D-PB.pdf
Trabalhos clássicos (CRANDALL, 1910, MORAES,
1924) fazem referências aos corpos pegmatíticos do Planalto da Borborema,
destacando sua abundância e importância econômica para o setor mineral. Porém,
a denominação “Província Pegmatítica da Borborema foi sugerida por Scorza
(1944), para a área de domínio dos pegmatitos, inserida em parte dos Estados do
Rio Grande do Norte e Paraíba.
Os
corpos pegmatíticos do município de Picuí, objeto do presente estudo, são
intrusivos essencialmente nos granada-biotita xistos do Grupo Seridó. Santos
(2002) posiciona estes plútons no Proterozóico Superior (570 m.a.),
relacionados à Tectogênese Brasiliana em regime distensivo que afetou o
Cinturão Móvel do Seridó, posterior ao regime transpressional responsável pela
estruturação da Zona de Cisalhamento Picuí-João Câmara (ZCP-JC) e pela intrusão
de gabrodioritos pré a sintranscorrentes e granitoides sin a
tarditranscorrentes.
Localmente
os pegmatitos ocorrem como uma densa rede de diques de arquitetura tabular a
ovalada ou em massas difusas, colocadas essencialmente nas charneiras de
anticlinais. A gênese desses corpos pode estar relacionada às áreas
periféricas distais aos plútons graníticos colocados na base do Grupo Seridó
(plútons da série tipo S de Biondi (1986) e à classificação de Roy e Madon
(1964). O condicionamento arquitetônico interno de simples a complexa os
aproxima da classificação de Johnston Jr. (1945): os pegmatitos homogêneos
estéreis e os pegmatitos mistos, de caráter intermediário, desprovidos de uma
zonação clássica bem definida. Geralmente apresentam bolsões de quartzo
ladeados por megacristais de K-feldspatos (semelhante à zona III dos pegmatitos
heterogêneos. Neste local as mineralizações de interesse econômico (berilo e
tantalita) aparecem mais concentradas e bem cristalizadas. Em direção à borda,
ocorrem frequentemente intercrescimentos de quartzo e feldspato (textura
gráfica), bolsões e aglomerados cristais grandes de micas que passam
gradativamente a pequenos cristais formando aglomerados instercrescidos com a
albita. No contato com os granada-biotita xistos encaixantes é comum a
ocorrência da turmalina preta (afrisita) e mais raramente cristais mal formados
de tantalita com “filmes” de um azul intenso devido ao elevado teor em nióbio.
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